Certa vez eu estava conversando com uma amiga quando ela percebeu um cílio caído em meu rosto. Ela propôs que fizéssemos a velha brincadeira do desejo. Não tem quem nunca o tenha feito ao menos uma vez na vida: quando se encontra um cílio solto, duas pessoas o pressionam contra os dedos uma da outra, cada uma faz um desejo e depois os afasta. A mão em que o cílio permanecer será do dono que terá seu pedido realizado. Eu prontamente aceitei, afinal, não se deve recusar um joguinho das nossas infâncias. Nunca.
Pressionamos o cílio entre a ponta dos nossos indicadores. Mas ela estava em um dilema: não sabia o que pedir. "São tantos pedidos!", dizia. Mal ela sabia que eu enfrentava o mesmo dilema, mas por causa totalmente oposta: eu não sabia o que pedir. Quando eu tentei pensar nas coisas que eu queria pra mim, em todas eu já estava trabalhando pra conseguir. Tudo o que eu queria eu simplesmente já estava a caminho de ter, seja em pouco tempo ou em muito tempo. Percebi que não havia simplesmente nada que eu quisesse pra mim aparecendo do nada.
Quando se quer algo, não deve-se ficar apenas na torcida pra que aquela coisa aconteça, tem que procurar por quais meios deve seguir para se consegui-lo. Quando isso é feito, nenhum sonho parece estar tão distante assim, dá pra perceber que é possível. Ter "tantos pedidos" em pendência só indica que está faltando mais ação para conseguir o que se quer.
A questão não é simplesmente não ter sonhos mas fazer deles ao invés de sonhos (nome que sugere ser algo fora da realidade, inalcançável) objetivos, metas a serem alcançadas. Eu não quero algo inalcançável, tudo o que eu quero é possível. A única diferença está no tempo em que se vai conseguir cada um dos objetivos.
Enquanto eu pensava nessas coisas, minha amiga finalmente decidiu o que ela queria como pedido. "Certo, vamos lá". Pressionamos nossos dedos um contra o outro e depois os separamos. Vimos que o pequeno cílio estava no meu dedo indicador. "Ah...", se lamentou minha amiga, "o que você pediu?" e eu respondi:
- Pedi para não ter nenhum pedido.
Pressionamos o cílio entre a ponta dos nossos indicadores. Mas ela estava em um dilema: não sabia o que pedir. "São tantos pedidos!", dizia. Mal ela sabia que eu enfrentava o mesmo dilema, mas por causa totalmente oposta: eu não sabia o que pedir. Quando eu tentei pensar nas coisas que eu queria pra mim, em todas eu já estava trabalhando pra conseguir. Tudo o que eu queria eu simplesmente já estava a caminho de ter, seja em pouco tempo ou em muito tempo. Percebi que não havia simplesmente nada que eu quisesse pra mim aparecendo do nada.
Quando se quer algo, não deve-se ficar apenas na torcida pra que aquela coisa aconteça, tem que procurar por quais meios deve seguir para se consegui-lo. Quando isso é feito, nenhum sonho parece estar tão distante assim, dá pra perceber que é possível. Ter "tantos pedidos" em pendência só indica que está faltando mais ação para conseguir o que se quer.
A questão não é simplesmente não ter sonhos mas fazer deles ao invés de sonhos (nome que sugere ser algo fora da realidade, inalcançável) objetivos, metas a serem alcançadas. Eu não quero algo inalcançável, tudo o que eu quero é possível. A única diferença está no tempo em que se vai conseguir cada um dos objetivos.
Enquanto eu pensava nessas coisas, minha amiga finalmente decidiu o que ela queria como pedido. "Certo, vamos lá". Pressionamos nossos dedos um contra o outro e depois os separamos. Vimos que o pequeno cílio estava no meu dedo indicador. "Ah...", se lamentou minha amiga, "o que você pediu?" e eu respondi:
- Pedi para não ter nenhum pedido.