quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Dias se passam, anos mudam.

Em breve, um novo ano. Quando quinta não for mais quinta, quando dezembro não for mais de dezembro, quando 2009 não for mais 2009... Soltarão fogos, desejarão aos parente, amigos ou seja lá quem esteja por perto um "feliz ano novo", pularão ondas na praia, beberão champagne... Enfim, festejarão. Afinal é um novo ano. Que o próximo seja melhor que o anterior, que eu compre aquele carro, que eu perca uns quilinhos, que eu consiga estudar pra não reprovar, que eu consiga pagar as contas dessa vez... É um novo ano, afinal!

Não, eu não consigo incorporar esse espírito de ano novo. Os dias que se passam são incrivelmente parecidos um com os outros e simplesmente não consigo notar diferença entre 23h50 do dia 31 com 00h10 do dia 1°. Os dias são tratados como iguais para mim, afinal, eles são iguais. A diferença está apenas nas diferentes ações das pessoas em cada dia. Porque só fazer promessas agora? Não é só quando um ano muda que as coisas podem mudar. Os dias são iguais, qualquer dia pode ser dia de mudança.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Da série: Livros que não serão escritos.

Toda santa noite, logo antes de dormir, é o momento ápice do tédio. É aquele momento onde você se deita na cama pra dormir e simplesmente não dorme. Fica olhando para o teto, olha para as paredes, conta carneirinho (tentei duas vezes, é sem sentido, não chama o sono e é chato. Técnica inútil u_ú), etc. Nada adianta. Até o momento em que você não vê mais as paredes ou o teto, sua mente começa a viajar: revisa como foi seu dia, pensa na vida, na pós-vida, na pré-vida, pensa na vida dos outros; faz planos pro outro dia, pra próxima semana, pros próximos anos, faz planos pros outros, desfaz planos já feitos; etc, etc, etc.

Pois é, eu vivo este momento todo dia, durante anos da minha vida. Uma hora de insônia é o tempo mínimo.

Uma coisa que acaba acontecendo em uma dessas viagens mentais, que não necessariamente são feitas somente no pré-sono, eu me pego formulando histórias, como um livro. Tenho uma biblioteca "escrita" na minha mente. Só nunca os escrevi porque eu não saberia transformar todas as cenas em palavras e não ostaria de fazer um trabalho meia-boca.

Eu tava me lembrando esses dias de algumas histórias "escritas" por mim e resolvi que vou escrever a sinopse das que eu lembrar.

Este "livro", como a maioria deles, não tem título e foi "escrito" quandos eu estava em por volta da 8ª série. É uma história de ficção viaja-na-maionese de um grupo de cinco pesquisadores que vão para um outro planeta com características próximas da Terra. Lá, eles vêem que habitam pessoas como nós e que misteriosamente (ou convenientemente pro autor) falam nossa língua. Só que ele tem uma grande diferença com o grupo forasteiro: os habitantes desse planeta são totalmente vulneráveis à água.

O livro começa com um prólogo, um tantinho grande pra um prólogo ao meu ver, focando em um personagem que é um experimento da organização de pesquisa (que também não tem nome). Ele é um humano que foi geneticamente modificado para que tenha seu crescimento acelerado até chegar a fase adulta e foi criado para ser enviado a um planeta desconhecido recém-descoberto. "É mais seguro que um não-humano teste se o planeta é habitável do que correr o risco de perder vidas nossas com um teste simples desses", o personagem conseguiu ouvir de um dos cientistas certa vez. O prólogo se encerra quando ele e dois semelhantes, um homem e uma mulher, são enviados para a viagem.

X dezenas de anos se passaram. É quando começa a história dos cinco pesquisadores, três homens e duas mulheres que farão a expedição para explorar o novo planeta. Eu não consigo me lembrar como mas sei que algo faz com que o grupo se separe ao chegarem no planeta. Lá, eles descobrem que há duas grandes tribos que são inimigas. Elas estão em guerra pois disputam por um espaço onde é mais fácil sobreviver às ações da águas vindas do céu, a chuva; uma tribo está neste local e a outra luta para tomar o lugar pois não poderá sobreviver com o passar das décadas.

O livro vai mostrando o que acontece com os pesquisadores. Enquanto uns são presos pela tribo que detém o local cobiçado o outro grupo são tratados como heróis ao descobrirem que eles são invulneráveis a água, quando eles salvam um homem de morrer do "ácido cadente", a chuva.

Quanto ao final... Eu não lembro dele. Sei que um dos pesquisadores morre, morto por armas de água que usavam nas guerras (bem feito, o cara se achava o maioral... u_ú) mas não lembro de nada mais pro final.



Esse é um dos livros que eu tenho na mente e que não escreverei. Sendo assim, o único vestígio que faz com que este livros não morram totalmente comigo é dar uma comentada sobre eles por aqui. Este é um dos meus não-livros.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Nova lei em Stonislaw

Fato acontecido em Stonislaw:

"Caros cidadãos stonislano, eu, rei de Stonislaw, venho comunicar a todos um novo decreto que estará em vigor desde a data desta lei.

Dias atrás, indignei-me com um fato que ocorreu em minha presença. Estava caminhando com alguns súditos pelas ruas do reino quando um cidadão, no ápice de sua falta de educação e compostura, soltou um pum em pleno ar livre. Isso é um absurdo!

Estive tão enfurecido que resolvi criar a lei a seguir: está terminantemente proibido soltar flatulência em vias públicas ou em instalações do reino. Os infratores, além de pagar uma severa multa, serão obrigados a usar uma fita amarela no pulso com os dizeres "sou porco, solto peido" para que o restante da sociedade possa identificar o mal-educado.

E mais: criarei o C.O.F., cheiradores oficiais de flatulência, que será uma entidade real que será formada por membros especializados em sentir odores em locais públicos. Caso sintam algum cheiro suspeito, o C.O.F. tem autoridade para enviar todos os presentes para serem interrogados até encontrarem o meliante, que será selado com a fita amarela imediatamente. A entidade já agirá a partir da próxima semana com agentes disfarçados.

Sinto, meus cidadãos, mas a situação é grave e esta atitude foi a melhor a ser feita, pelo bem de todos. Sem mais."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Idéias do Tédio."

Enfim um blog. Depois de um bom tempo enchendo meu própio saco para criar um, hoje finalmente o fiz.

Aproveitei meu impulso repentino de criar essa budega e o fiz logo. A idéia é fazer deste um local onde escreverei pensamentos meus, opniões sobre sei-lá-o-que e afins. Ou melhor, fazer deste um local que tente me forçar a escrever, afinal, não sou muito de escrever pensamentos por aí. Outro motivo é pra convencer um certo alguém a criar um blog pra si também pois vendo que seríamos dois enrolando até que o outro criasse resolvi ser o primeiro a dar a pedrada.

Acredito que o destino desse blog seja o de ser abandonado depois de alguns míseros posts, realmente não acredito que terei devoção de mantê-lo atualizado com alguma boa frequência. Mas só dá para descobrir se eu criar um. É o que verificarei mais pra frente.

O primeiro 'desafio' foi o de encontrar um nome pro blog. Fiquei um bom tempo pensando em nome possíveis para ele. Tinha que ser um nome que diria respeito a mim ou ao conteúdo que eu iria escrever.

Seria conveniente demais se simplesmente o nome 'Renan' ou 'RenanCarvalho' estivesse disponível. Nada como um blog com meu própio nome para ter coisas ditas por mim. Embora fosse pouquíssimo provável que já não estivesse sendo usado eu testei a disponibilidade. Obviamente, não deu. Seria conveniente demais, conveniente demais.

À medida que ia pensando em novos nomes e descobria que já estavam sendo usados, eu pesquisava pelos blogs criados na minha frente.

Pensei em coisas relacionadas ao tédio, afinal, é durante os períodos de tédio que eu fico viajando no meu mundo, pensando nas coisas mais aleatórias possíveis. 'OTedio', 'Tedio', 'Entediado'... e outras variações foram pensadas. Todas já existiam. O pior de tudo é que eram blogs com no máximo três posts no máximo. 'OTedio', um nome tão bom, simplesmente nem posts tinha. Malditos sejam. Embora o destino desse blog provavelmente seja o mesmo, ainda assim os amaldiçôo.

Recorri até ao dicionário, pesquisei por palavras e provérbios em latim. Numa dessas pesquisas aleatórias cheguei em 'Idéia Sutil', um assunto de uma apostila sobre alguma área de filosofia ou qualquer outra área desinteressante dessas. Idéia sutil por definição era:

Representação mental de algo concreto, abstrato ou quimérico, significando conhecimento, informação ou noção, e expressando maneira de ver, opinião pensada ou formulada, quase imperceptível e, paradoxalmente, de profunda agudez, exigindo grande finura de análise.


Não faço idéia do que 'quimérico' queira dizer e nem acho que esse seria um blog que teria posts que exigiria "grande finura de análise" mas ainda assim era uma boa definição. Fui, pois, testar a disponibilidade do nome. Estava disponível.

Mas parei pra pensar no nome em si. Não, não era esse o nome. 'Sutil' não faz sentido, não tem contexto, 'sutil' não é o nome. Mantive o 'idéia' e voltei para o 'tédio'. 'Idéias do tédio' veio em segundos. Afinal, aqui serão escritas as idéias geradas durante os tão odiados perídos de tédio que sempre aparecem.

Enfim um blog. Mais um criado dentre vários. Mais um para possivelmente frustrar a idéia de algum outro ser que pensar o mesmo nome que o meu. Masi um com idéias aleatórias e repetidas. Enfim um blog.