sábado, 25 de dezembro de 2010

Da série: Livros que não serão escritos.[2]

Certo dia, viajando em minha mente me deparei com uma pergunta que todos já se fizeram alguma vez na vida: como seria ter super-poderes? E a partir disso surgiu a idéia de criar histórias de como seria a vida de uma pessoa que adquire poderes a partir do nada. Claro, isso ficou apenas na idéia e exatamente por isso que este é mais um não-livro que eu tenho em minha mente.

O conceito é simples: pessoas quaisquer recebem poderes aleatórios e a história se desenrola mostrando como a vida dessa pessoa mudou por causa dos mesmos. É formado por várias histórias independentes, sem interferência uma na outra, cada história com um personagem e um poder. Faz muito tempo que as criei e não consigo me lembrar de todos mas sei de três histórias: o que tinha capacidade de prever o futuro, o que podia controlar o tempo e o que podia ler mentes. Todos os poderes escolhidos (inclusive os que eu não lembro) são poderes sutis, os quais podia-se usá-los sem que outros percebam. Superforça, raio pelos olhos, controlar fogo, água, café, etc. foram descartados já que o foco está nos pensamentos e sentimentos dos personagens. Ficaria incrivelmente longo se eu escrevesse sobre todos então nessa postagem vou me ater à história do que podia controlar o tempo.

O personagem, que eu não criei um nome para ele, é um estudante de faculdade e por um acaso percebe que tem a capacidade de controlar o tempo: parar o tempo, voltar, diminuir valocidade... mas nunca avançar ou fazê-lo seguir mais rápido. No início, ele faz uso discreto de seus poderes para ter certas vantagens nos estudos e com os amigos até refletir sobre o assunto e perceber que receber esse dom deve ter acontecido por um motivo e então ele resolve ajudar a sociedade . De todas as histórias, ele é o único que tomou uma decisão dessa, os outros usaram os poderes para si.

Desde evitar acidentes, impedir assaltos, apagar incêndios... Ele podia evitar tudo. Simplesmente podia saber sobre qualquer tragédia, voltar no tempo e impedir que acontecesse. Vários acidentes evitados, dezenas de vidas poupadas e a população sequer notara a presença do discreto herói. Ninguém nota se um assaltante de loja percebe que está sem arma e resolve sair do estabelecimento sem fazer o assalto frustrado onde manteria reféns por quatro horas e o qual a polícia, numa invasão fracassada, teria nas mão a morte de três desses reféns. Ninguém repara em incêndios que nunca aconteceram, ninguém repara em acidentes que não existem. Assim, nosso herói fica cada vez mais frustrado com a falta de reconhecimento. A cada incidente que ele descobre, tem que voltar no tempo até o momento do mesmo, evitá-lo e ter que reviver o tempo voltado todo novamente, tinha que viver o mesmos dias repetidamente, seu dias duravam semanas, suas semanas mais longas ainda. Simplesmente desgastante.

Totalmente exausto e frustrado de suas desventuras, o personagem resolve compartilhar o segredo com sua melhor amiga (diferente também de todas as outras histórias, ele é o único que compartilha seu segredo com outra pessoa). Ela resolve ajudá-lo e sugere que faça de suas ações algo mais teatral. A sociedade perceberia sua presença pois ele iria passar a lidar com os problemas durante os acontecimentos ao invés de simplesmente evitá-los. Passou a derrotar os asslatantes ao invés de fazê-los sumir, passou a invadir prédios em chamas para apagá-los ao invés de impedir que a vela caia na cortina, passou a parar o caminhão pouco antes de atropelar alguém ao invés de resolver o problema do freio do mesmo. Era agora oficialmente um herói, conhecido pela imprensa e amado pelo público. Com direito a disfarce para não ser reconhecido e tudo o mais. Criou um blog onde mantinha público todas suas ações à população. Sua vida heróica estava melhor.

Por outro lado, em sua vida social cada vez mais estava se distanciando da faculdade, seus amigos, da família por se dedicar à sua causa. Para os outros ele se tornara anti-social, já não parecia se preocupar com as pessoas à sua volta ou mesmo com sua própria vida. Com o tempo seu único contato passou a ser sua amiga. Envolvia-se cada vez mais na sua causa.

O herói passou a não se limitar somente com crimes e acidentes pequenos, também envolvia-se em questões políticas, passou a tentar combater a corrupção ameaçando secretamente, políticos e autoridades sujos. Com o tempo, perceberu a influência que poderia ter e passou a querer manipular a política para torná-la de acordos com suas próprias visões políticas. A mídia e a população dividiu-se na opnião se a presença do herói era boa ou maléfica para a sociedade.

Aclamado por uns, criticado por outros, o personagem já dedicava toda sua vida a isso. Abandonou faculdade, seus antigos objetivos de vida, sua amizades para dedicação exclusiva. E, enfim, despediu-se de sua amiga, o último vínculo que tinha com sua antiga vida. Sua vida agora era outra.

E a história termina com o personagem fadado a viver na solidão por escolher se dedicar a isso. "Amado ou odiado, certo ou errado, justo ou não, a sociedade terá que conviver com este novo herói pois agora essa vida é tudo o que ele tem".

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O inexistente Pedro.

Pedro era o segundo dos três filhos. Gostava de brincar com os colegas do condomínio onde vivia. Andava muito com seu vizinho, um garoto de mesma idade, de um tipo muito criativo. Era ótimo em inventar jogos. Eram grandes amigos.

Na adolescência, ganhara um computador. Disputava com os irmãos para usá-lo. Pedro ficava madrugadas em jogos e sites avulsos, acordava cedo e dormia a tarde toda. Já não saía mais para brincar. Nem percebeu que não via seu vizinhos há três semanas quando ele se mudou. Pedro mudou-se de colégio, queria novos amigos.

Em seu novo colégio, Pedro andava com um grupo de amigos. Com o grupo, saía para o shopping, assistia filmes no cinema, conhecia garotas. Graças à ajuda de seus novos amigos, Pedro deu seu primeiro beijo, aos 14 anos. Suas madrugadas na internet agora era com a companhia deles em chats e jogos. Pedro enfim se sentia sendo parte de algo, prometeu nunca deixá-los.

O tempo passou e Pedro ingressou na faculdade. Logo fez amizade com os colegas de curso. Faziam churrascos, iam pra baladas, viajavam em excursão para congressos... Eram verdadeiros companheiros. Pedro percebeu que nunca tivera amizades nesse nível antes, era incrível o quanto se divertiam juntos. Cheio de trabalhos, começou a deixar de acessar a internet como o fazia antigamente e, com isso, perdeu o contato com seus amigos de colégio.

Após, se formar, Pedro logo recebeu uma proposta de emprego para trabalhar fora do estado. Ele não recusou essa oportunidade, seu trabalho era árduo mas o salário compensava. E o ambiente de trabalho também era bom: Pedro conheceu seus colegas de trabalho, jovens que sonhavam ascender na vida. Era com eles que saía para tomar um chopp toda sexta. Pedro iniciara sua vida financeira independente.

Passaram-se anos e Pedro permanecia no mesmo emprego. Seus antigos colegas de trabalho haviam subido de cargo ou mudaram de empresa. Os novos colegas de trabalho, ainda jovens sonhadores, não conversavam tanto assim com ele, claramente um homem mais velho que eles e sem tantos sonhos assim. Pedro já não falava com seus amigos de faculdade desde quando se formara. Já não falava com sua família desde quando mudou-se de estado, sequer sabia como estavam seus irmãos ou se sua mãe estava bem. Sua vida agora era seu emprego, nada mais.

Pedro estava a 16 anos no cargo quando fora demitido. Queriam um elenco jovem, disseram. Pedro não tinha amigos, não tinha família e agora não tinha emprego. Então, peloa primeira vez, Pedro refletiu sobre sua própria vida e ele desejou de coração poder voltar no tempo e cultivar com mais esforço as amizades que ele deixava pra trás. Mas ele não podia,

Pedro tinha 40 anos quando resolveu pôr fim à sua vida. Passaram-se duas semanas até os vizinhos notarem. Pedro, na verdade, nunca existiu.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pedidos.

Certa vez eu estava conversando com uma amiga quando ela percebeu um cílio caído em meu rosto. Ela propôs que fizéssemos a velha brincadeira do desejo. Não tem quem nunca o tenha feito ao menos uma vez na vida: quando se encontra um cílio solto, duas pessoas o pressionam contra os dedos uma da outra, cada uma faz um desejo e depois os afasta. A mão em que o cílio permanecer será do dono que terá seu pedido realizado. Eu prontamente aceitei, afinal, não se deve recusar um joguinho das nossas infâncias. Nunca.

Pressionamos o cílio entre a ponta dos nossos indicadores. Mas ela estava em um dilema: não sabia o que pedir. "São tantos pedidos!", dizia. Mal ela sabia que eu enfrentava o mesmo dilema, mas por causa totalmente oposta: eu não sabia o que pedir. Quando eu tentei pensar nas coisas que eu queria pra mim, em todas eu já estava trabalhando pra conseguir. Tudo o que eu queria eu simplesmente já estava a caminho de ter, seja em pouco tempo ou em muito tempo. Percebi que não havia simplesmente nada que eu quisesse pra mim aparecendo do nada.

Quando se quer algo, não deve-se ficar apenas na torcida pra que aquela coisa aconteça, tem que procurar por quais meios deve seguir para se consegui-lo. Quando isso é feito, nenhum sonho parece estar tão distante assim, dá pra perceber que é possível. Ter "tantos pedidos" em pendência só indica que está faltando mais ação para conseguir o que se quer.

A questão não é simplesmente não ter sonhos mas fazer deles ao invés de sonhos (nome que sugere ser algo fora da realidade, inalcançável) objetivos, metas a serem alcançadas. Eu não quero algo inalcançável, tudo o que eu quero é possível. A única diferença está no tempo em que se vai conseguir cada um dos objetivos.

Enquanto eu pensava nessas coisas, minha amiga finalmente decidiu o que ela queria como pedido. "Certo, vamos lá". Pressionamos nossos dedos um contra o outro e depois os separamos. Vimos que o pequeno cílio estava no meu dedo indicador. "Ah...", se lamentou minha amiga, "o que você pediu?" e eu respondi:

- Pedi para não ter nenhum pedido.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sobre dentes e medos.

- Calma, filho, é só um puxão rápido.
- Não puxa, pai! Vai doer, eu sei que vai!

O garoto, com seus oito ou nove anos de idade, estava aos prantos. Enquanto seu pai tentava acalmá-lo, dois amigos estavam no local observando a situação.

- O que tem seu irmão? - quis saber um deles.
- Ele tá com o dente mole e não quer que o papai o arranque. - situou o segundo.

Os dois continuaram assistindo a cena por um tempo. O garoto chorava e esperneava, não deixando de maneira alguma que o pai se aproximasse. Este tentava convencer o pequeno de que seria rápido e que não doeria. Todas as tentativas em vão: o menino simplesmente não desperdiçava energias e garganta para impedí-lo e para atormentar os ouvidos de quem ousasse estar por perto.

- Mas será que precisa berrar tanto assim? - comentou o amigo.
- É... Ele sempre é assim. Quando ele tá jogando bola com os amigos na rua e se machuca ele logo abre o berreiro e vem pra casa chorando. Já vi esse filme várias vezes.
- Heh... No fim das contas ele acaba brincando bem menos que os outros amigos...
- Quando eu me machuco jogando não tô nem aí, jogo com o pé sangrando se for preciso.
- E joga mesmo! - Os dois riram.
- O mano é assim porque ele tem medo de se machucar, ele não quer sentir dor. Quando ele se fere ele quer que a dor simplesmente vá embora. Quando é comigo eu não tô nem aí, só ignoro e continuo jogando, depois eu vejo se a ferida foi muito grande.
- Engraçado, no fim das contas, por não querer sentir dor ele acaba sentindo mais dor do que quem não tem medo dela, não é mesmo?
- Heh, pior que é verdade. Tem gente que vai já pensando que vai se machucar e acaba nem se divertindo totalmente. Tem que aceitar que você pode se ferir mas o que vale é o quanto você curtiu.
- O mesmo valeria pra vida. As pessoas costumam ter medo de se machucar e no fim das contas, por causa desse medo, acabam se machucando mais do que se não se preocupassem com isso. Sabe, tem mesmo que considerar a possibilidade do que poderia dar errado pois assim vai ser bem menos doloroso caso aconteça. Fingir que tudo é bom, tudo é perfeito, só pra não querer imaginar as situações ruins que poderiam acontecer não muda o fato de que essa possibilidade existe. Isso vale pra um monte de coisas: pessoas em namoro que não querem pensar em como o relacionamento poderia dar errado, pessoas que fazem uma orgnização de evento medíocre e tenta fingir pra si própio que os erros não existe, gente que deixa de enfrentar um problema por medo e acaba deixando o problema ir ficando maior...
- ... gente que bate o pé no futebol, hehe...
- Hehe...
- Eu entendo o que você quer dizer. Mas tem gente que simplesmente é assim, é difícil fazer com que ela mudem. Só quando elas conseguirem quebrar essa barreira de medo que aprenderiam a viver com menos dor já que... ah, olha lá, meu pai tá arrancando o dente do mano!
- Haha, legal...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Folding.

Eu tenho uma característica que de fato eu não sei determinar se é uma qualidade ou até que ponto se torna um defeito. Na verdade, só uma única pessoa já comentou sobre essa característica como algo bom e louvável. O fato é que eu tenho uma incrível facilidade em abrir mão de coisas. Se é algo bom ou se é algo ruim eu não sei determinar mas eu tenho certeza que consegui muita coisa por esse método de viver.



Muito comumente eu tenho algumas filosofias de vida ou situações do cotidiano as quais eu costumo fazer uma comparação o xadrez ou com o pôquer. É o caso deste último.

O pôquer é um jogo de aposta onde você recebe cartas e, dependendo do potencial que você acha que essas cartas têm, você decide se aposta mais dinheiro, menos dinheiro ou se não vale a pena apostar nada. Caso alguém aposte algo você só poderá se manter no jogo e tentar ganhar o dinheiro apostado se cobrir o valor da aposta. Caso não queira pagar, você sai da rodada e perde o dinheiro que você já apostou na rodada. Esta jogada é conhecida como "fold".

Algo que acontece bastante é alguém ficar pagando a aposta dos outros por simplesmente não querer abrir mão do que já apostou e querer ver se conseguiria ganhar mesmo tendo em suas cartas um jogo muito ruim. No fim das contas acaba pagando mais e, por fim, perdendo mais. Por não querer perder acabam perdendo mais.

Se tem algo que é determinante no meu sucesso ou fracasso em uma mesa de pôquer é esta estratégia. No momento em que as cartas que tenho demonstram não ter potencial para ser um bom jogo eu não hesito em dar fold, jogo fora na hora. Eu não me apego às cartas, não preciso ir até o final para ficar com a consciência limpa de que eu iria perder. O dinheiro gasto na aposta durante a rodada não foi um dinheiro perdido, apenas foi um investimento para a possibilidade de eu ter algo bom. Caso não venha a ser bom, simplesmente lanço mão do jogo e preservo o meu dinheiro para a próxima rodada.

Sempre investindo em cartas com potencial, dando fold nas que não têm e assim jogos bons eventualmente aparecerão. E é nesse momento em que se ganha. É justo nesse momento que você irá conseguir ganhar mais do que o que você deixou para trás quando jogou fora cartas ruins.

O mesmo vale na vida. Se você faz um curso que não gosta, se está em um relacionamento que não faz bem, se está em um ambiente o qual não agrada... simplesmente não hesite em abrir mão disso. Não há porque continuar com algo que não fará bem so porque investiu tempo e energia nisso (o que seria o dinheiro no pôquer). Encare esse tempo como simplesmente um investimento pela possibilidade de ter dado certo e, já que não deu, abra as portas para novos caminhos.

Não há o que se lamentar pelo tempo que foi gasto em coisas que não vingaram se você tiver em mente que se sempre renovar seu caminho um dia encontrará algo que valerá a pena e que será maior do que as energias que foram gastas anteriormente.

Se não te faz bem, que se "fold" e siga seu caminho pelo o que te faz bem.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Anos se passam, idade muda.

19 de fevereiro, o dia em que outrora nasci.

Acordar, receber parabéns da mãe, ir tomar café, receber parabéns das irmãs, ir ao colégio, receber parabéns de dois outrês gatos pingados que sabem que eu nasci nesse dia, voltar para casa, usar o computador, ver inúmeros recados no orkut de pessoas que conseguiram ver em suas respectivas páginas iniciais que é meu aniversário, responder aos recados (opcional), ver mãe/irmãs fazendo bolo de tarde, parentes e/ou amigos dos pais chegam em casa à noite, vestir uma camisa para ir à sala recebê-los, ouvir cantarem "Parabéns pra você", se ver fazendo a questão filosófica feita todo ano: "o que diabos eu faço na hora do parabéns?", comer um pouco, se encher rápido, se despedir do povo, dormir. Todo ano. Tradição familiar, imagino.

Sei lá, nunca consegui me sentir empolgado nesse dia. Quer dizer, pelo menos não que eu lembre. Não tenho lembranças sobre acordar de manhã pensando "Legal, hoje é meu aniversário!" Aliás, eu tenho lembranças de inúmeras vezes que eu esquecia do dia do meu nascimento. Talvez seja por eu considerar os dias incrivelmente iguais. Acho comemorar um ano a mais de vida tão sem sentido quanto seria comemorar um mês a mais de vida, ou uma semana, ou comemorar um dia a mais.

Mas parece que nesse ano os pensamentos estejam um pouco diferente. Posso não ter acordado empolgado por ser meu aniversário mas também não foi com o sentimento de "Droga, hoje é meu aniversário... Vamos, Renan, prepare seu sorriso..." Sempre procurei converter desvantagens a meu favor. E posso muito bem fazer isso hoje.

Acho que diferente dos outros anos, tenho algo real a comemorar. Não mais um ano de vida, mas o rumo que ela tem tomado. Tudo está de acordo com meus planos, tô exatamente onde deveria estar, nem um pouco a mais e nem um pouco a menos, nada está errado. Estou a caminho do que eu sempre quis e isso é um motivo a se comemorar. Portanto, hoje eu vou comemorar e usarei meu aniversário como desculpa. Ninguém precisa saber disso, é só ignorar os "parabénsmuitosanosdevidafelicidades" e fazer o sorriso de sempre. Pois, desta vez, estarei comemorando algo de verdade.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

formspring.me

Complete: Eu já fui... Eu já comi... Eu já quis... Eu escutava... Eu gostava... Eu odiava... Eu botava... Eu tinha... Eu queimei... Eu deixei... Eu decepcionei... Eu optei... Eu desci... Eu subi... Eu errei...

Eu já fui católico.
Eu já comi fígado, não gostei.
Eu já quis morrer.
Eu escutava música clássica.
Eu gostava da minha infância.
Eu odiava que me pusessem em situações em que eu não tivesse escolha.
Eu botava o dedo na boca para dormir.
Eu tinha vontade de ser independente.
Eu queimei Bombril no microondas pra fazer fogo e eu poder comer. xD
Eu deixei certos problemas alheios de lado.
Eu decepcionei quem esperava que eu fosse sentir saudades.
Eu optei por tomar todas a minhas decisões por conta própia, fazendo das opniões dos outros de importância meramente consultivas.
Eu desci para poder subir.
Eu subi em todas as oportunidades que tive.
Eu errei quando não cumpri o que estava nos planos.

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