terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma declaração de amor.

Você já amou? É uma pergunta simples, mas para saber responder é preciso primeiro saber qual é a definição de "amar". Qual é a definição de "amar"? Amar é um sentimento o qual cada pessoa tem seu conceito, nem sempre explícito pra ela própria sequer, mas que nos traz uma série de sensações que não nos resta dúvidas de que não é outro sentimento senão o amor.

Amar é logo ao acordar de manhã já lembrar o quão bem ela te faz. É adorar suas comidas (com exceção de algumas...) e seus costumes tão típicos. Amar é sentir aquele clima gostoso ao passear numa praça ou em uma rua qualquer. Amar é gastar seu tempo simplesmente observando-a em situações cotidianas.

Amar é quando você vê as suas características como um todo e sente que elas são perfeitas pois ela tem exatamente tudo o que você quer. Amar é saber que apesar de existirem tantas outras, melhores ou piores, mais bonitas ou mais feias, você não quer nenhuma outra a não ser ela. Por mais que você consiga acompanhar os argumentos de que alguma outra é melhor que a sua, você simplesmente não se importa porque são essas qualidades e defeitos que a tornam ideal. Você não precisa de nada a mais, nada a menos. Ela tem tudo o que você quer.

Por mais que sejam traçados caminhos que faça com que se distanciem, sua mente te lembrará diariamente que o seu objetivo é voltar, pois é a ela que sua vida pertence. Ao olhar pra outras, você já não consegue mais analisar suas características imparcialmente, pois tudo te faz lembrar dela.

Se tudo isso descrito é amar então quem ler esse texto saiba que eu amo, sempre amei e sempre amarei ela. Eu te amo, minha Belém do Pará. Amo seu clima, sua chuva, sua cultura e por mais que eu possa passar tempos longe de ti, meu coração sempre será seu.

domingo, 20 de março de 2011

Lista de compras.

Supermercado. Cesta de compras cheia. Podia ter 5 quilos, podia já ter 13 quilos, sei lá, não sei calcular pesos de cabeça mas meus braços já estavam doendo por carregá-lo por tanto tempo. Consulto os últimos itens da lista de compras, meu guia.

A partir do momento em que piso no supermercado meu imediato objetivo é simplesmente um: dar o fora de lá. Mas sou proibido de fazê-lo enquanto todos os itens listados não estejam dentro da cesta. Seria como entrar no seu quarto em chamas e salvar a seleta lista de coisas que você não poderia deixar perder mas não pode demorar senão você pode morrer. Não sei se eu poderia morrer se demorasse no supermercado mas não fico lá mais que o necessário. Não vou me arriscar.

Assim, pois, consulto os dois últimos itens que o oráculo designou-me: "Jerimum. Maxixe". Procuro na seção de verduras e legumes e não encontro os ditos cujos. Como não posso perder tempo, logo fui a um funcionário e perguntei pelos meliantes foragidos. O funcionário prontamente responde: - O jerimum fica naquele balcão ali e o maxixe está aí, logo atrás de você. Agradeço e olho para trás em busca do segundo. "Logo atrás de mim" estava uma grande bancada cheia de verduras/legumes, cheio dessas folhas, matos e esses apetrechos que se põe em sopa de legume de todas as cores primárias e secundárias.

Depois de uns segundos encarando toda aquela aquarela de leguminosos, dou meia-volta, pego o jerimum e caio fora daquele supermercado. Descobri que não faço idéia do que é um maxixe.





Não, meus caros, esse texto não tem finalidade alguma.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Olhos fechados.

É realmente interessante o ato de tapar os olhos. Quando algo nos assusta, quando vemos algo nojento, quando temos medo, ao chorar... em diversas situações desagradáveis a reação natural é simplesmente a de fechar os olhos. Talvez seja uma ação instintiva de tentar negar o acontecido, como caso não se possa ver, não exista. Como uma criança pequena que fecha os olhos e pensa, assim, que os outros não possam vê-la também. Um instintivo ato desesperado para apagar o que está à frente. Infelizmente, não apaga.

Sempre tivemos e sempre teremos problemas em nossas vidas, embora mudem de forma com o passar do tempo. E é sempre comum querer deixar de ver os lados negativos das coisas para que possa se ater às coisas boas, na esperança que durem o máximo possível. Seja em relacionamentos, onde tenta-se evitar ver os defeitos do companheiro; seja no trabalho, onde se tenta ignorar as lacunas de um trabalho medíocre na esperança de que dê tudo certo; seja em disputas em geral, onde tentam negar as habilidades do adversário para se convencer de que é melhor e poderá vender... São pessoas que "fecham os olhos" para tentar apagar o que está à frente só que, dessa vez, com outras proporções. Mas nesse caso também, isso não apaga.

Não se deve negar o que é ruim exatamente porque isso não mudará o fato de que ele existe! Muito pelo contrário, deve-se tentar ver as situações do cotidiano pelo máximo de ângulos possíveis pois é vendo o que não é bom que faz com que tenha-se a oportunidade de melhorar ou de fato apagá-lo. Fingir que os defeitos de um namorado não existem não fará dele alguém perfeito, deve-se ver todas as suas características para que se tenha noção de que pessoa está ao seu lado. Acobertar as lacunas de um trabalho medíocre não fará dele um trabalho satisfatório, deve-se trabalhar em cima desses defeitos e mesmo que o prazo seja curto ao menos isso fará com que o trabalho seja o menos píor possível.

Negar as habilidades de um adversário, negar os problemas de alguma situação nunca o tornará mais forte para enfrentar os desafios. Isso apenas o deixará despreparado para a prova. Por isso veja tudo, não deixe nada passar por pior que seja a visão pois assim, quando tudo estiver sob seus olhos, nada fugirá da sua expectativa, nada ruim acontecerá que você não possa ter previsto antes. Assim você poderá medir com mais segurança o preço a se pagar pelos desafios da vida e poderá saber a que distância estará de seus objetivos e sonhos.

Não somos mais crianças e hoje sabemos que fechar os olhos não muda o ambiente à nossa volta mas nossas atitudes infantes teimam em tomar outros rumos. Quem sabe mantendo os olhos abertos não possamos ver exatamente para onde nossas vidas estão caminhando?

sábado, 25 de dezembro de 2010

Da série: Livros que não serão escritos.[2]

Certo dia, viajando em minha mente me deparei com uma pergunta que todos já se fizeram alguma vez na vida: como seria ter super-poderes? E a partir disso surgiu a idéia de criar histórias de como seria a vida de uma pessoa que adquire poderes a partir do nada. Claro, isso ficou apenas na idéia e exatamente por isso que este é mais um não-livro que eu tenho em minha mente.

O conceito é simples: pessoas quaisquer recebem poderes aleatórios e a história se desenrola mostrando como a vida dessa pessoa mudou por causa dos mesmos. É formado por várias histórias independentes, sem interferência uma na outra, cada história com um personagem e um poder. Faz muito tempo que as criei e não consigo me lembrar de todos mas sei de três histórias: o que tinha capacidade de prever o futuro, o que podia controlar o tempo e o que podia ler mentes. Todos os poderes escolhidos (inclusive os que eu não lembro) são poderes sutis, os quais podia-se usá-los sem que outros percebam. Superforça, raio pelos olhos, controlar fogo, água, café, etc. foram descartados já que o foco está nos pensamentos e sentimentos dos personagens. Ficaria incrivelmente longo se eu escrevesse sobre todos então nessa postagem vou me ater à história do que podia controlar o tempo.

O personagem, que eu não criei um nome para ele, é um estudante de faculdade e por um acaso percebe que tem a capacidade de controlar o tempo: parar o tempo, voltar, diminuir valocidade... mas nunca avançar ou fazê-lo seguir mais rápido. No início, ele faz uso discreto de seus poderes para ter certas vantagens nos estudos e com os amigos até refletir sobre o assunto e perceber que receber esse dom deve ter acontecido por um motivo e então ele resolve ajudar a sociedade . De todas as histórias, ele é o único que tomou uma decisão dessa, os outros usaram os poderes para si.

Desde evitar acidentes, impedir assaltos, apagar incêndios... Ele podia evitar tudo. Simplesmente podia saber sobre qualquer tragédia, voltar no tempo e impedir que acontecesse. Vários acidentes evitados, dezenas de vidas poupadas e a população sequer notara a presença do discreto herói. Ninguém nota se um assaltante de loja percebe que está sem arma e resolve sair do estabelecimento sem fazer o assalto frustrado onde manteria reféns por quatro horas e o qual a polícia, numa invasão fracassada, teria nas mão a morte de três desses reféns. Ninguém repara em incêndios que nunca aconteceram, ninguém repara em acidentes que não existem. Assim, nosso herói fica cada vez mais frustrado com a falta de reconhecimento. A cada incidente que ele descobre, tem que voltar no tempo até o momento do mesmo, evitá-lo e ter que reviver o tempo voltado todo novamente, tinha que viver o mesmos dias repetidamente, seu dias duravam semanas, suas semanas mais longas ainda. Simplesmente desgastante.

Totalmente exausto e frustrado de suas desventuras, o personagem resolve compartilhar o segredo com sua melhor amiga (diferente também de todas as outras histórias, ele é o único que compartilha seu segredo com outra pessoa). Ela resolve ajudá-lo e sugere que faça de suas ações algo mais teatral. A sociedade perceberia sua presença pois ele iria passar a lidar com os problemas durante os acontecimentos ao invés de simplesmente evitá-los. Passou a derrotar os asslatantes ao invés de fazê-los sumir, passou a invadir prédios em chamas para apagá-los ao invés de impedir que a vela caia na cortina, passou a parar o caminhão pouco antes de atropelar alguém ao invés de resolver o problema do freio do mesmo. Era agora oficialmente um herói, conhecido pela imprensa e amado pelo público. Com direito a disfarce para não ser reconhecido e tudo o mais. Criou um blog onde mantinha público todas suas ações à população. Sua vida heróica estava melhor.

Por outro lado, em sua vida social cada vez mais estava se distanciando da faculdade, seus amigos, da família por se dedicar à sua causa. Para os outros ele se tornara anti-social, já não parecia se preocupar com as pessoas à sua volta ou mesmo com sua própria vida. Com o tempo seu único contato passou a ser sua amiga. Envolvia-se cada vez mais na sua causa.

O herói passou a não se limitar somente com crimes e acidentes pequenos, também envolvia-se em questões políticas, passou a tentar combater a corrupção ameaçando secretamente, políticos e autoridades sujos. Com o tempo, perceberu a influência que poderia ter e passou a querer manipular a política para torná-la de acordos com suas próprias visões políticas. A mídia e a população dividiu-se na opnião se a presença do herói era boa ou maléfica para a sociedade.

Aclamado por uns, criticado por outros, o personagem já dedicava toda sua vida a isso. Abandonou faculdade, seus antigos objetivos de vida, sua amizades para dedicação exclusiva. E, enfim, despediu-se de sua amiga, o último vínculo que tinha com sua antiga vida. Sua vida agora era outra.

E a história termina com o personagem fadado a viver na solidão por escolher se dedicar a isso. "Amado ou odiado, certo ou errado, justo ou não, a sociedade terá que conviver com este novo herói pois agora essa vida é tudo o que ele tem".

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O inexistente Pedro.

Pedro era o segundo dos três filhos. Gostava de brincar com os colegas do condomínio onde vivia. Andava muito com seu vizinho, um garoto de mesma idade, de um tipo muito criativo. Era ótimo em inventar jogos. Eram grandes amigos.

Na adolescência, ganhara um computador. Disputava com os irmãos para usá-lo. Pedro ficava madrugadas em jogos e sites avulsos, acordava cedo e dormia a tarde toda. Já não saía mais para brincar. Nem percebeu que não via seu vizinhos há três semanas quando ele se mudou. Pedro mudou-se de colégio, queria novos amigos.

Em seu novo colégio, Pedro andava com um grupo de amigos. Com o grupo, saía para o shopping, assistia filmes no cinema, conhecia garotas. Graças à ajuda de seus novos amigos, Pedro deu seu primeiro beijo, aos 14 anos. Suas madrugadas na internet agora era com a companhia deles em chats e jogos. Pedro enfim se sentia sendo parte de algo, prometeu nunca deixá-los.

O tempo passou e Pedro ingressou na faculdade. Logo fez amizade com os colegas de curso. Faziam churrascos, iam pra baladas, viajavam em excursão para congressos... Eram verdadeiros companheiros. Pedro percebeu que nunca tivera amizades nesse nível antes, era incrível o quanto se divertiam juntos. Cheio de trabalhos, começou a deixar de acessar a internet como o fazia antigamente e, com isso, perdeu o contato com seus amigos de colégio.

Após, se formar, Pedro logo recebeu uma proposta de emprego para trabalhar fora do estado. Ele não recusou essa oportunidade, seu trabalho era árduo mas o salário compensava. E o ambiente de trabalho também era bom: Pedro conheceu seus colegas de trabalho, jovens que sonhavam ascender na vida. Era com eles que saía para tomar um chopp toda sexta. Pedro iniciara sua vida financeira independente.

Passaram-se anos e Pedro permanecia no mesmo emprego. Seus antigos colegas de trabalho haviam subido de cargo ou mudaram de empresa. Os novos colegas de trabalho, ainda jovens sonhadores, não conversavam tanto assim com ele, claramente um homem mais velho que eles e sem tantos sonhos assim. Pedro já não falava com seus amigos de faculdade desde quando se formara. Já não falava com sua família desde quando mudou-se de estado, sequer sabia como estavam seus irmãos ou se sua mãe estava bem. Sua vida agora era seu emprego, nada mais.

Pedro estava a 16 anos no cargo quando fora demitido. Queriam um elenco jovem, disseram. Pedro não tinha amigos, não tinha família e agora não tinha emprego. Então, peloa primeira vez, Pedro refletiu sobre sua própria vida e ele desejou de coração poder voltar no tempo e cultivar com mais esforço as amizades que ele deixava pra trás. Mas ele não podia,

Pedro tinha 40 anos quando resolveu pôr fim à sua vida. Passaram-se duas semanas até os vizinhos notarem. Pedro, na verdade, nunca existiu.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pedidos.

Certa vez eu estava conversando com uma amiga quando ela percebeu um cílio caído em meu rosto. Ela propôs que fizéssemos a velha brincadeira do desejo. Não tem quem nunca o tenha feito ao menos uma vez na vida: quando se encontra um cílio solto, duas pessoas o pressionam contra os dedos uma da outra, cada uma faz um desejo e depois os afasta. A mão em que o cílio permanecer será do dono que terá seu pedido realizado. Eu prontamente aceitei, afinal, não se deve recusar um joguinho das nossas infâncias. Nunca.

Pressionamos o cílio entre a ponta dos nossos indicadores. Mas ela estava em um dilema: não sabia o que pedir. "São tantos pedidos!", dizia. Mal ela sabia que eu enfrentava o mesmo dilema, mas por causa totalmente oposta: eu não sabia o que pedir. Quando eu tentei pensar nas coisas que eu queria pra mim, em todas eu já estava trabalhando pra conseguir. Tudo o que eu queria eu simplesmente já estava a caminho de ter, seja em pouco tempo ou em muito tempo. Percebi que não havia simplesmente nada que eu quisesse pra mim aparecendo do nada.

Quando se quer algo, não deve-se ficar apenas na torcida pra que aquela coisa aconteça, tem que procurar por quais meios deve seguir para se consegui-lo. Quando isso é feito, nenhum sonho parece estar tão distante assim, dá pra perceber que é possível. Ter "tantos pedidos" em pendência só indica que está faltando mais ação para conseguir o que se quer.

A questão não é simplesmente não ter sonhos mas fazer deles ao invés de sonhos (nome que sugere ser algo fora da realidade, inalcançável) objetivos, metas a serem alcançadas. Eu não quero algo inalcançável, tudo o que eu quero é possível. A única diferença está no tempo em que se vai conseguir cada um dos objetivos.

Enquanto eu pensava nessas coisas, minha amiga finalmente decidiu o que ela queria como pedido. "Certo, vamos lá". Pressionamos nossos dedos um contra o outro e depois os separamos. Vimos que o pequeno cílio estava no meu dedo indicador. "Ah...", se lamentou minha amiga, "o que você pediu?" e eu respondi:

- Pedi para não ter nenhum pedido.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sobre dentes e medos.

- Calma, filho, é só um puxão rápido.
- Não puxa, pai! Vai doer, eu sei que vai!

O garoto, com seus oito ou nove anos de idade, estava aos prantos. Enquanto seu pai tentava acalmá-lo, dois amigos estavam no local observando a situação.

- O que tem seu irmão? - quis saber um deles.
- Ele tá com o dente mole e não quer que o papai o arranque. - situou o segundo.

Os dois continuaram assistindo a cena por um tempo. O garoto chorava e esperneava, não deixando de maneira alguma que o pai se aproximasse. Este tentava convencer o pequeno de que seria rápido e que não doeria. Todas as tentativas em vão: o menino simplesmente não desperdiçava energias e garganta para impedí-lo e para atormentar os ouvidos de quem ousasse estar por perto.

- Mas será que precisa berrar tanto assim? - comentou o amigo.
- É... Ele sempre é assim. Quando ele tá jogando bola com os amigos na rua e se machuca ele logo abre o berreiro e vem pra casa chorando. Já vi esse filme várias vezes.
- Heh... No fim das contas ele acaba brincando bem menos que os outros amigos...
- Quando eu me machuco jogando não tô nem aí, jogo com o pé sangrando se for preciso.
- E joga mesmo! - Os dois riram.
- O mano é assim porque ele tem medo de se machucar, ele não quer sentir dor. Quando ele se fere ele quer que a dor simplesmente vá embora. Quando é comigo eu não tô nem aí, só ignoro e continuo jogando, depois eu vejo se a ferida foi muito grande.
- Engraçado, no fim das contas, por não querer sentir dor ele acaba sentindo mais dor do que quem não tem medo dela, não é mesmo?
- Heh, pior que é verdade. Tem gente que vai já pensando que vai se machucar e acaba nem se divertindo totalmente. Tem que aceitar que você pode se ferir mas o que vale é o quanto você curtiu.
- O mesmo valeria pra vida. As pessoas costumam ter medo de se machucar e no fim das contas, por causa desse medo, acabam se machucando mais do que se não se preocupassem com isso. Sabe, tem mesmo que considerar a possibilidade do que poderia dar errado pois assim vai ser bem menos doloroso caso aconteça. Fingir que tudo é bom, tudo é perfeito, só pra não querer imaginar as situações ruins que poderiam acontecer não muda o fato de que essa possibilidade existe. Isso vale pra um monte de coisas: pessoas em namoro que não querem pensar em como o relacionamento poderia dar errado, pessoas que fazem uma orgnização de evento medíocre e tenta fingir pra si própio que os erros não existe, gente que deixa de enfrentar um problema por medo e acaba deixando o problema ir ficando maior...
- ... gente que bate o pé no futebol, hehe...
- Hehe...
- Eu entendo o que você quer dizer. Mas tem gente que simplesmente é assim, é difícil fazer com que ela mudem. Só quando elas conseguirem quebrar essa barreira de medo que aprenderiam a viver com menos dor já que... ah, olha lá, meu pai tá arrancando o dente do mano!
- Haha, legal...