sábado, 19 de dezembro de 2009

Da série: Livros que não serão escritos.

Toda santa noite, logo antes de dormir, é o momento ápice do tédio. É aquele momento onde você se deita na cama pra dormir e simplesmente não dorme. Fica olhando para o teto, olha para as paredes, conta carneirinho (tentei duas vezes, é sem sentido, não chama o sono e é chato. Técnica inútil u_ú), etc. Nada adianta. Até o momento em que você não vê mais as paredes ou o teto, sua mente começa a viajar: revisa como foi seu dia, pensa na vida, na pós-vida, na pré-vida, pensa na vida dos outros; faz planos pro outro dia, pra próxima semana, pros próximos anos, faz planos pros outros, desfaz planos já feitos; etc, etc, etc.

Pois é, eu vivo este momento todo dia, durante anos da minha vida. Uma hora de insônia é o tempo mínimo.

Uma coisa que acaba acontecendo em uma dessas viagens mentais, que não necessariamente são feitas somente no pré-sono, eu me pego formulando histórias, como um livro. Tenho uma biblioteca "escrita" na minha mente. Só nunca os escrevi porque eu não saberia transformar todas as cenas em palavras e não ostaria de fazer um trabalho meia-boca.

Eu tava me lembrando esses dias de algumas histórias "escritas" por mim e resolvi que vou escrever a sinopse das que eu lembrar.

Este "livro", como a maioria deles, não tem título e foi "escrito" quandos eu estava em por volta da 8ª série. É uma história de ficção viaja-na-maionese de um grupo de cinco pesquisadores que vão para um outro planeta com características próximas da Terra. Lá, eles vêem que habitam pessoas como nós e que misteriosamente (ou convenientemente pro autor) falam nossa língua. Só que ele tem uma grande diferença com o grupo forasteiro: os habitantes desse planeta são totalmente vulneráveis à água.

O livro começa com um prólogo, um tantinho grande pra um prólogo ao meu ver, focando em um personagem que é um experimento da organização de pesquisa (que também não tem nome). Ele é um humano que foi geneticamente modificado para que tenha seu crescimento acelerado até chegar a fase adulta e foi criado para ser enviado a um planeta desconhecido recém-descoberto. "É mais seguro que um não-humano teste se o planeta é habitável do que correr o risco de perder vidas nossas com um teste simples desses", o personagem conseguiu ouvir de um dos cientistas certa vez. O prólogo se encerra quando ele e dois semelhantes, um homem e uma mulher, são enviados para a viagem.

X dezenas de anos se passaram. É quando começa a história dos cinco pesquisadores, três homens e duas mulheres que farão a expedição para explorar o novo planeta. Eu não consigo me lembrar como mas sei que algo faz com que o grupo se separe ao chegarem no planeta. Lá, eles descobrem que há duas grandes tribos que são inimigas. Elas estão em guerra pois disputam por um espaço onde é mais fácil sobreviver às ações da águas vindas do céu, a chuva; uma tribo está neste local e a outra luta para tomar o lugar pois não poderá sobreviver com o passar das décadas.

O livro vai mostrando o que acontece com os pesquisadores. Enquanto uns são presos pela tribo que detém o local cobiçado o outro grupo são tratados como heróis ao descobrirem que eles são invulneráveis a água, quando eles salvam um homem de morrer do "ácido cadente", a chuva.

Quanto ao final... Eu não lembro dele. Sei que um dos pesquisadores morre, morto por armas de água que usavam nas guerras (bem feito, o cara se achava o maioral... u_ú) mas não lembro de nada mais pro final.



Esse é um dos livros que eu tenho na mente e que não escreverei. Sendo assim, o único vestígio que faz com que este livros não morram totalmente comigo é dar uma comentada sobre eles por aqui. Este é um dos meus não-livros.

Um comentário:

  1. Uma hora de insônia é o tempo mínimo. [2]Pra mim também.
    Tua imaginação é bastante fértil, adorei. Escreva contos! Quantas crônicas eu já deixei meu travesseiro absorver... Beijos :*

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